Não importa o dinheiro que se tem, o tempo que se precisa, os amigos que se conhecem, a família com quem vivemos, o destino que traçamos. O que importa é partir! O dinheiro nunca é o suficiente! O tempo nunca é o necessário! Os amigos e a família nunca são os melhores conselheiros! Só a tua vontade conta!
Dar uma volta aqui ao lado, a sítios onde nunca foste ou a um país longínquo, a sítios onde também nunca foste. O que importa é partir! O desconhecido assusta-nos. Somos humanos! Arriscar deixou de ser uma coisa natural. Há que contrariar! O que importa é partir! Quantas vezes acordamos com uma vontade imensa de trabalhar? São raras as vezes. Agora imaginem-se a acordar e, à vossa frente, uma paisagem com montanhas de oito mil metros! Imaginem-se a acordar e, à vossa frente uma imensidão azul de um oceano na outra ponta do mundo! Imaginem-se a acordar e, à vossa frente, uma mão cheia de miúdos ranhosos ansiando em silêncio pelo teu abrir de olhos, sim, porque o desconhecido também somos nós! Nós, que também temos esta responsabilidade enorme de mostrar aos outros o desconhecido!
Deitemo-nos então à estrada, percorramos trilhos que se desencontram, entremos por portas de idiomas que nunca antes ouvimos, tentemos ler caracteres indecifráveis, comuniquemos então, porque o que interessa é partir! Sentemo-nos à mesa com estranhos e tenhamos a coragem de os transformar em amigos para a vida! Partilhemos experiências!
Foi isso que fizemos, os dois, os 2numundo, partimos para o desconhecido, pedalámos por vinte e três países, comunicámos mais de vinte idiomas e dialectos, fizemos teatro para comer, berrámos com quem nos chateou, batemos a portas para dormir, fomos acolhidos em mesquitas, em mosteiros, em templos, falamos de tudo e de nada, subimos montanhas enormes no Tajiquistão e descemos ao Mar Morto na Jordânia! Passámos dias sem banho, porque o mais importante não era o estar limpo, mas o viajar!
Atravessámos desertos com temperaturas altíssimas e caímos uma série de vezes na neve da Europa! Lutámos por preços, andámos perdidos, encontrámo-nos e continuámos! Chegámos a Macau dezanove meses depois de termos começado, sem mapas, sem gps, perguntando a este e aquele, fazendo quilómetros a mais, desesperando e rindo, chorando e passando pelos mais diferentes estados de espírito…mas chegámos! No fim, só uma coisa nos fica: o importante, é partir!
Artigo escrito por: Rafael Polónia
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